A Economia Colonial: características, açúcar, ouro, mineração, escravidão
Entenda como era a economia e a sociedade no período colonial
A economia colonial do Brasil tinha como principais características o cultivo de açúcar, extração de ouro, mineração e mão de obra baseada na escravidão.Tinha como base o monopólio da produção da metrópole sobre a colonia. Portugal tinha a exclusividade sobre a exploração e comercialização no Brasil.
Já estudamos o Período Pré-Colonial e a administração da colônia por meio das Capitanias Hereditárias e do Governo-Geral. Agora, nós vamos estudar a economia do Brasil Colônia.
Ciclo do Açúcar
Num primeiro momento, a base econômica da colônia foi o cultivo da cana-de-açúcar (que se transformava em açúcar nos engenhos). Portanto, tratava-se de uma monocultura, ou seja: o cultivo de um único produto usando grandes porções de terra (latifúndio ou “plantation”) com o foco em sua exportação.
Sendo assim, o Brasil se transformou num grande exportador de açúcar e é por isso que esse período é conhecido como Ciclo do Açúcar. O objetivo da colônia (controlada por Portugal, a metrópole) era exportar açúcar.
A cana-de-açúcar era transformada em açúcar no engenho, que era composto pelos equipamentos de refino (caldeiras, moendas), além dos canaviais, das pastagens, das áreas dedicadas ao cultivo de alimentos (para a alimentação) e também da casa-grande (onde ficava a família do senhor de engenho), da capela e da senzala (onde ficavam os escravos).
A mão de obra inicial foi a indígena, mas depois foi trocada pelos negros (mão de obra escrava) devido à grande expansão e demanda da colônia.
Portanto, toda a economia colonial era especializada na produção açucareira e era totalmente dependente dos estímulos externos, voltada para o mercado externo (das exportações). Porém, também se cultivava mandioca e outros alimentos (para os próprios moradores do engenho).
Ciclo do Ouro
Em meados do século XVII, o Brasil passou a enfrentar concorrência na exportação do açúcar (principalmente do açúcar vindo das Antilhas, que era cultivado pelos holandeses) e o Ciclo do Açúcar acabou declinando (o açúcar deixou de ser o principal produto da colônia).
Entretanto, foram descobertas minas de ouro nas atuais regiões de Minas Gerais e Goiás e esse foi o início do Ciclo do Ouro (a exploração das minas se tornou a nova base econômica da colônia).
O Ciclo do Ouro durou até o ano de 1785 e a exploração do ouro foi tão intensa que a capital da colônia foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro (para ficar mais próxima às minas).
Além disso, foram criadas as Casas de Fundição, que tinham o objetivo de arrecadar os impostos que incindiam sobre a mineração.
Os principais impostos foram: a Derrama (obrigava a colônia a arrecadar 1500 quilos de ouro por ano), o Quinto (o rei de Portugal ficava com 20% da produção do ouro) e a Capitação (imposto sobre os escravos que trabalhavam nas minas).
Observações sobre a economia colonial
A primeira atividade econômica no Brasil foi a extração do pau-brasil, que começou a ocorrer no período Pré-Colonial.
Por meio do escambo, os indígenas extraíam as árvores em troca de materiais de pouco valor (como espelhos e roupas). A exploração do pau-brasil ocorreu durante os primeiros anos da colônia.
Desenvolveu-se também a pecuária, que foi trazida para a colônia durante o governo de Tomé de Sousa. O gado tomou duas direções: uma para o sul (pelo rio São Francisco em direção a Minas Gerais) e a outra para o norte (por vários rios até chegar ao Maranhão).
Leitura sugerida
- Brasil Colônia resumo: o período Pré Colonial
- Brasil Colônia: Capitanias Hereditárias e Governo-Geral – resumo
- A Guerra dos Emboabas: Resumo
- O que foi a Guerra dos Mascates: Resumo
- O que foi a Revolta de Beckman
- O que foi a Revolta de Vila Rica: Resumo
Referências bibliográficas
MAGALHÃES, Diogo Franco et al. O reinventar da colônia: um balanço das interpretações sobre a economia colonial brasileira. 2008. Disponível em http://repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/285823
DA COSTA, Iraci del Nero; NOZOE, Nelson Hideiki; DA, FEAUSP. Economia colonial brasileira: classificação das ocupações segundo ramos e setores. 1987.