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Reforma Protestante e Contra-Reforma Católica: resumo

O que foi a reforma protestante e a reação da igreja católica com a sua contra-reforma

O que foi a Reforma Protestante?

A reforma protestante pode ser definida como um movimento cristão de rompimento com a igreja católica durante o século XVI. Esse movimento foi liderado por Martinho Lutero com a publicação das suas 95 teses na porta de sua Igreja na cidade de Wittenberg.

Durante a Idade Média, a Igreja Católica teve muito poder na Europa, exercendo influência social, política e econômica (foi a instituição mais poderosa durante o período medieval).

Porém, na Idade Moderna ela se enfraqueceu, já que estava perdendo a sua essência e identidade, sendo corrompida por interesses materiais.

Os reis estavam descontentes com os papas (pois a Igreja sempre queria interferir nos assuntos políticos), assim como os burgueses (comerciantes), já que a Igreja condenava o lucro, mas vendia indulgências (venda de perdão), vendia relíquias e também arrecadava dinheiro para construir suas majestosas catedrais e basílicas, além de vender cargos eclesiásticos para ganhar dinheiro. Ou seja: a Igreja estava completamente corrompida e a sociedade estava insatisfeita com os seus abusos.

Então, Martinho Lutero (um monge alemão) começou a contestar a Igreja Católica, criticando-a e protestando por meio de suas 95 Teses (ele afixou na porta da igreja de Wittenberg 95 teses que criticavam a doutrina católica).

Para Lutero, era preciso protestar para renovar e reformar a Igreja Católica. Esse foi o início da Reforma Protestante.

Lutero e a Reforma Protestante

Lutero discordava de vários princípios católicos e começou a protestar contra os abusos da Igreja Católica. A principal era que a salvação do homem dependia de seu atos praticados e de sua fé (enquanto que a Igreja Católica dizia que qualquer cristão poderia comprar o perdão de seus pecados por meio das indulgências). Também condenava o culto à imagem e o celibato.

Além dessas divergências, Lutero defendia vários princípios contrários à Igreja Católica, como a livre leitura e interpretação da Bíblia (que no catolicismo era algo restrito aos membros do clero), o não seguimento à autoridade papal, a submissão da Igreja ao Estado e os sacramentos (batismo e eucaristia). Foi assim que surgiu a religião Luterana.

Reforma Calvinista (França)

Enquanto Lutero criava a religião Luterana, João Calvino criava a religião Calvinista na França. A principal diferença entre a religião de Lutero e a de Calvino é a questão da salvação.

Para Calvino, a salvação ou a condenação é algo predestinado por Deus (e a escolha divina se reflete nas ações das pessoas), enquanto que para Lutero a salvação depende da fé.

Reforma Anglicana (Inglaterra)

O rei da Inglaterra, Henrique VIII, queria se divorciar de sua esposa, porém o papa Clemente II não autorizou, colocando os dois em conflito.

Henrique, então, se tornou chefe da Igreja na Inglaterra e ordenou que os membros do clero inglês jurassem fidelidade a ele (os que não aceitaram foram destituídos) e as terras da Igreja Católica foram confiscadas.

Na realidade, Henrique usou o divórcio apenas como um pretexto para romper com a Igreja Católica (já que ele já queria confiscar as terras da Igreja Católica que estavam em solo inglês).

Por isso, a criação da Igreja Anglicana foi mais política do que doutrinária. As diferenças entre o Anglicanismo e o Catolicismo são: obediência ao rei (ao invés do papa) e uso do inglês (ao invés do latim).

A Contra-reforma

A Reforma Protestante fez a Igreja Católica perder muitos fiéis. Preocupados com o avanço do protestantismo, as autoridades do clero se reuniram no Concílio de Trento para elaborarem um plano de reação, que foi a Contra-reforma (ou Reforma Católica).

As principais ações da Contra-Reforma foram:

– Catequizar os habitantes das terras recém descobertas por meio dos jesuítas e da Companhia de Jesus, buscando fiéis nos novos territórios por meio da catequese;

– Reativar da Inquisição (Tribunal do Santo Ofício) para condenar e punir os hereges;

– Criar a lista de Livros Proibidos (Index Librorium Proibitorium) a fim de evitar a disseminação de ideias contrárias à Igreja Católica.

Leitura sugerida

Referências bibliográficas

WOLKMER, Antonio Carlos. Cultura jurídica moderna, humanismo renascentista e reforma protestante. Seqüência: Estudos Jurídicos e Políticos, v. 26, n. 50, p. 9-28, 2005 disponível em https://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15182

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