Absolutismo e Mercantilismo: resumo e características
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O absolutismo era o modelo político enquanto mercantilismo era o modelo econômico de várias nações europeias entre os séculos XV até o século XVIII. O rei tinha poderes absolutos, enquanto a economia tinha como base protecionismo, balança comercial favorável e o metalismo.
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Resumo de Absolutismo e de Mercantilismo
O Absolutismo foi um modelo político que predominou durante a Idade Moderna. Esse modelo afirma que todo o poder político deve se concentrar nas mãos de uma única pessoa: o monarca. Ou seja: o rei tem poder absoluto. Ele tem poderes para fazer o que bem quiser.
Junto com o Absolutismo (modelo político) veio o Mercantilismo (modelo econômico), que defende a ideia de que quanto mais uma nação acumular riquezas, maior será o seu poder.
Como surgiu o Absolutismo?
Na Idade Média, o poder político era decentralizado (ficava nas mãos dos senhores feudais). Então, o Feudalismo, (o modelo econômico que vigorou durante a Idade Média) acabou declinando e o poder, que antes ficava espalhado nas mãos dos senhores feudais foi se concentrando nas mãos do monarca.
Características do Absolutismo
Entre as principais características do absolutismo podemos citar:
O apoio da burguesia
A burguesia , que era representada principalmente pelos comerciantes, apoiava absolutismo. Afinal, ela estava interessada em apoiar o rei para que ele, por meio do absolutismo (poder absoluto) pudesse organizar o Estado e torná-lo forte e estruturado.
Em troca do apoio, o rei poderia dar aos burgueses um sistema administrativo eficiente, regulando a moeda e os impostos (isso ajudaria as práticas comerciais dos burgueses).
Poderes Absolutos
O rei absolutista poderia fazer o que bem quisesse: poderia criar leis sem autorização de mais ninguém (nem mesmo da sociedade).
Também podia controlar a religião, criar taxas e impostos, além de usar a violência e a força de seus exércitos para reprimir qualquer tipo de oposição. Todo o luxo e todos os gastos do rei eram sustentados pelo impostos.
Teóricos do Absolutismo
Esse modelo tinha uma base teórica sustentada e defendida por vários pensadores e filósofos: eram os Teóricos Absolutistas. É importante que você saiba o que cada um defendia:
Jacques Bossuet: o rei era o representante de Deus na Terra; por isso todo mundo devia obediência a ele (sem contestar ou questionar nada).
Thomas Hobbes: o rei salvou a civilização da barbárie e, por conta disso, a população devia fazer um acordo com ele (Contrato Social), permitindo ao rei concentrar todos os poderes. Hobbes escreveu um livro chamado “O Leviatã”.
Nicolau Maquiavel: o rei podia fazer qualquer coisa para garantir a ordem (até mesmo usar a violência). Maquiavel escreveu o livro “O Príncipe” e é o autor da famosa frase: “os fins justificam os meios”.
O Mercantilismo
Mercantismo foi o modelo econômico utilizado por nações absolutistas durante os séculos XV, XVI, XVII e XVIII. Era um conjunto de práticas econômicas como o acúmulo de metais, protecionismo alfandegário, expedições marítimas e manter uma balança comercial superavitária.
Na Idade Média, a prática econômica era o Feudalismo (baseado na agricultura). Agora, a prática econômica ligada ao Absolutismo é o Mercantilismo.
Esse modelo afirma que quanto mais riquezas uma nação acumular, mais rica ela será, maior será o seu prestígio perante o mundo inteiro e maior poder internacional ela terá.
A Europa estava passando pelas Grandes Navegações, conquistando novos territórios e criando novas colônias. Daí vem o chamado Pacto Colonial (a Colônia só comercializa com a Metrópole, fornecendo matéria-prima e metais precisos).
Outros conceitos do Mercantilismo que você precisa saber são: Balança Comercial Favorável (exportar mais do que importar), Metalismo (acúmulo de metais preciosos) e Protecionismo, que significa proteção alfandegária, ou seja: proteção do comércio interno contra os produtos estrangeiros (não posso importar alguma coisa de outro país que faça concorrência com meus próprios produtos e prejudique a minha produção).
O Estado, na figura do rei Absolutista, tinha grande intervenção na economia e não economizava esforços para garantir a prática do Mercantilismo.
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Referências bibliográficas
ANDERSON, Perry. El estado absolutista. Siglo XXI de España Editores, 1979.